A APLB-Sindicato iniciou o seu 1º Seminário de Comunicação, na sexta-feira, 13 de maio, no Hotel Sol Bahia, em Patamares, na capital baiana, com repúdio de dirigentes e integrantes de sua base contra a instalação do governo Temer em detrimento da saída da presidente Dilma. No dia anterior, o Senado aprovou a admissibilidade de impeachment da chefe da Nação, suspendendo-a da Presidência da República por 180 dias, período em que os senadores julgam se a impedem de continuar no cargo ou não. Unanimemente, a plenária e a mesa do seminário consideraram a medida como prosseguimento de um golpe parlamentar encetado pela Câmara de Deputados, a mídia nacional, o empresariado e setores mais conservadores do Brasil.
O evento tem a participação de cerca de 300 dirigentes e funcionários ligados aos departamentos de imprensa de núcleos e delegacias da APLB-Sindicato da capital e do interior, e foi transmitido ao vivo pela TV APLB no site da entidade.
A mesa dos trabalhos foi formada pelo coordenador-geral da APLB, professor Rui Oliveira; o presidente da CTB-Bahia, Aurino Pedreira; a presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura; o presidente do Sindsaúde, Silvio Roberto dos Anjos e Silva; e o diretor de imprensa da APLB, Nivaldino Felix.
Após todos, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional, foi exibido um vídeo institucional, mostrando as várias etapas da APLB, desde a sua fundação, em 24 de abril de 1952 até os dias atuais. Em seguida, a mestre de cerimônias, jornalista Angelina Yoshie leu as saudações enviadas pela CNTE, pela Secom do governo estadual e de diversos sindicatos, além das agremiações políticas PT, PCdoB e PSB.
A seguir, Rui Oliveira fez a saudação do sindicato a todas as delegações vindas de cidades do interior baiano e aos residentes na capital. Rui enfatizou que no 11º congresso realizado pela entidade em outubro de 2013, definiu-se que a APLB precisa influenciar no protagonismo político na capital e no interior, e agora ser polo importante de resistência “contra o golpe instalado no Brasil”.
Silvio Roberto, do Sindsaúde, falou, em seguida, que “é imperativo a união dos trabalhadores para manter os direitos conquistados e resistir ao golpe contra a democracia”.
Nivaldino Felix também seguiu na linha de combater o governo Temer, com ações que denunciem “o seu caráter golpista”. Ele elogiou o trabalho do departamento de imprensa da APLB e anunciou que, “em pouco tempo o sindicato terá um portal com mais recursos para atender todos os seus associados”.
Marjorie Moura denunciou a chamada grande imprensa como responsável por insuflar a crise política, “como fez em 1964”.
Aurino Pedreira disse que o momento é difícil “e que o golpe está estabelecido”, mas que isto não significa que os trabalhadores devam aceitar a situação, “pelo contrário, devemos lutar e fazer retornar a presidenta Dilma que foi injustiçada e traída”. Ele criticou o “fisiologismo” da política. “Partido deveria ser a parte ideológica da sociedade, mas o que vemos são grupos agindo apenas pelo fisiologismo”. Aurino criticou também o papel da mídia, considerando-a “uma ponte para o golpe”.
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