Durante toda
a segunda-feira, 16, os professores, o comando de greve e alguns dirigentes da
APLB-Sindicato resistiram bravamente às tentativas de intimidação e expulsão da
Assembleia Legislativa ocupada DESDE 18 DE ABRIL, COMO UMA FORMA DE RESISTÊNCIA
AO NÃO-CUMPRIMENTO DA LEI DO PISO PELO GOVERNADOR E À VOTAÇÃO DOS DOIS PROJETOS
QUE PREJUDICAM A EDUCAÇÃO E ATRASAM AS CONQUISTAS DA CATEGORIA EM PELO MENOS 20
ANOS.
Contrariando os que
apostam na derrocada do movimento, os professores resistem. Vejam nas
reportagens:
O presidente da
Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (AL-BA), recebeu os
líderes do movimento grevista dos professores estaduais em seu gabinete,
na noite desta segunda-feira (16). Em mais de meia hora de conversa, não houve
solução para o impasse. Os docentes pediram mais tempo para deixar as
dependências da Casa, onde estão desde o dia 18 de abril, ao argumentar que não
têm causado muito aborrecimento, até porque os parlamentares estão em recesso
até 1º de agosto.
Apesar do discurso da
categoria, Nilo alegou não poder ceder, pois o pedido de reintegração de posse
já foiprotocolado à tarde na 6ª Vara da
Fazenda do Tribunal de Justiça. “Infelizmente, agora é com a
Justiça. [...] A greve passou todos os limites da reivindicação salarial.
Ninguém aqui é menino amarelo. A greve passou a ser política. [...] Passou a
ser partidária”, avaliou o chefe da AL-BA, em reunião com os diretores do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Uma das
professoras presentes retrucou. “Eu não tenho partido. O partido é a minha
classe”, mas foi imediatamente respondida pelo presidente, que rebateu: “Tem,
tem. Quem vota tem partido”. No encontro, o chefe do Legislativo prometeu não
convocar o uso de força policial para expulsar os manifestantes, mas pontuou
que não tem controle sobre a decisão que o desembargador Ruy Eduardo Brito
tomará até o fim da semana. “Negociação é igual a casamento: começa com não,
depois se resolve. Esperamos que o presidente Marcelo Nilo, que sempre teve
compromisso com os movimentos sociais, reflita a decisão que está tomando
perante a Justiça, para que possa convergir para a permanência dos professores
na Assembleia”, considerou Oliveira, ao salientar que, mesmo que o TJ determine
o uso da força, a PM só poderá entrar na Casa do
Povo com a autorização do presidente
Nenhum comentário:
Postar um comentário